Mesmo não dando muita importância ao futebol e sem acreditar muito na objectividade estatística aplicada ao valor dos desportistas, dá que pensar. E só por dar que pensar para além das quatro linhas do campo onde corre uma bola redonda, mas que é mais redonda só para alguns - simbolizando a vida real -, é que publico isto.
Se no futebol, as paixões cegam e deixam-se manipular por interesses ocultos, cuja objectividade é a da medida do caudal do dinheiro que corre para certos bolsos, o que se dirá da política!
E quando os amores vão para coisas insignificantes face ao que acontece na Palestina, na Síria e na Ucrânia, as pessoas ficam cegas e elegem ídolos que tomam conta das tristes vidas dos que vivem para adorar a figura de pessoas, eventualmente simpáticas e talentosas mas que não merecem assim tanta atenção, e cujo poder hipnótico sobre as massas é simultaneamente aproveitado e exagerado por interesses económicos, políticos e ideológicos mais ou menos ocultos.
Com tanto futebol, não há lugar na cabeça de muitas pessoas para ideias e actividades políticas, sociais, educativas e culturais autênticas. Associado ao negócio que há por detrás do futebol, percebe-se por que lhe é dada tanta visibilidade.
Quem menos tem culpa disto é Messi, que até desvalorizou o prémio. Mas se o futebol é um espelho da realidade, as coisas continuam muito mal para uma realidade distorcida, e mesmo opaca, à semelhança do seu espelho.
Quem menos tem culpa disto é Messi, que até desvalorizou o prémio. Mas se o futebol é um espelho da realidade, as coisas continuam muito mal para uma realidade distorcida, e mesmo opaca, à semelhança do seu espelho.
"O alemão Toni Kroos terminou o Mundial como primeiro classificado no Índice de Desempenho Castrol, que em parceria com a FIFA avalia o desempenho de cada jogador no Mundial 2014, utilizando fórmulas matemáticas.
Através deste medidor, a Castrol fez um top 10 e um onze ideal da prova, em que entram o sportinguista Marcos Rojo, mas, curiosamente, o nome de Lionel Messi, eleito pela FIFA o melhor jogador do Mundial, não faz parte da lista.
Top 10:
Toni Kroos, Alemanha (9,79); Arjen Robben, Holanda (9,74); Stefan de Vrij, Holanda (9,7); Mats Hummels, Alemanha (9,66); Thomas Müller, Alemanha (9,63); Karim Benzema, França (9,6); Oscar, Brasil (9,57); Thiago Silva, Brasil (9,54); Marcos Rojo, Argentina (9,51); e Ron Vlaar, Holanda (9,48).