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Filosofia da Terra

Furar o Nevoeiro da Ideologia Burguesa. O Bem, a Verdade e o Belo - Paradigmas Unidos da Vida. Um Olhar e uma Voz Diferentes, Livres, Progressistas e Revolucionárias. Filosofia, Artes, Política, Acontecimentos, Reflexões.

A OTAN (NATO) Prepara-se para a Guerra

A OTAN (NATO) Prepara-se para a Guerra 


De vez em quando as nações mais poderosas criam o papão de ocasião para cerrarem fileiras. Ai que medo dos russos! O que é curioso é que a Rússia é que foi vítima das mais bárbaras invasões por parte de europeus e asiáticos deste o século XIII - teutões suecos, livóninos, polacos, mongóis e tártaros, coligação mundial (da Inglaterra e Estados Unidos ao Japão) após a Primeira Guerra Mundial, nazis; a ocupação pela Rússia e tomada do poder pelos comunistas dos países de Leste foi resultado do combate da URSS contra o nazismo e não uma intervenção espontânea; Estaline tinha o plano do socialismo num só país - mas são os grão-capitães do capitalismo ocidental que fazem dela o espantalho para tolherem, com a mais eficaz campanha propagandística de sempre, a inteligência dos cidadãos ocidentais.
 
 
Tenho pena pela Europa, que assim vai morrendo, porque, apesar de tudo, tenho amor pela sua alta cultura, por vários aspectos do seu estilo de vida, conquistados pelo engenho tecnológico, pelas revoluções políticas democráticas ao longo dos séculos e pela luta organizada dos trabalhadores. Mas a Europa de que falo vai do Atlântico aos Urais e as suas capitais de Lisboa a Moscovo. É maior do que a pequenez dos nossos dirigentes.
 
 
O Rasmussen da OTAN já andou a pedir aumento no orçamento da UE e dos países europeus da OTAN contra a ameaça russa. E o Hollande (quem me dera saber pronunciar o seu nome como o José Rodrigues dos Santos) disse num discurso que a Europa anda a descançar demasiado debaixo das paz. A indústria armamentista no seu melhor. Ai que medo dos russos!
 
 
Escrevi isto depois de ter lido esta notícia em O Público em rede:
"Como tem sido hábito desde o início do conflito na Ucrânia, quase todas as acusações, declarações e alegadas provas da culpabilidade de um e de outro lado jogam-se nas redes sociais, e não foi por isso de estranhar que uma das mais sérias acusações da NATO tenha chegado através do Twitter.
 
 
"A Rússia violou a lei internacional sem qualquer justificação, invadiu a Ucrânia, apoia os separatistas, e tem agora cerca de 20.000 soldados na fronteira com o Leste da Ucrânia", escreveu Alexander Vershbow.
É uma guerra com várias tentativas de cerco – no terreno, as forças ucranianas tentam derrotar os separatistas; a liderança da NATO tenta convencer os seus membros de que é urgente apressar os preparativos para uma guerra; e a Rússia tenta avisar a Ucrânia que uma vitória militar no Leste do país pode sair-lhe cara.
Nesta quarta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, respondeu àsduras sanções aprovadas na semana passada com a limitação ou proibição da importação de alimentos dos EUA e da União Europeia (UE). "Determinados tipos de produtos agrícolas, matérias-primas e alimentos com origem em Estados que decidiram impor sanções económicas a entidades legais e/ou indivíduos russos, ou que se tenham associado a essa decisão, estão banidos ou limitados", lê-se no comunicado do Kremlin.
 
NATO exige mais poder
Nas últimas horas, a NATO não tem parado de lançar avisos. A porta-voz da organização, a romena Oana Lungescu, disse que "o mais recente reforço militar russo agrava a situação e compromete os esforços com vista a uma situação diplomática para a crise".

Mas o mais sério aviso veio do próprio secretário-geral da Aliança Atlântica, o dinamarquês Anders Fogh Rasmussen. Num artigo assinado no Financial Times, intitulado "Todos os aliados da NATO devem pressionar a Rússia", Rasmussen apresenta uma série de argumentos a favor do reforço da capacidade da aliança, contra aquilo a que chama "o maior desafio desde o fim da Guerra Fria".
Pondo toda a responsabilidade nas costas da Rússia, por ter "rasgado os compromissos" com a NATO – que "se esforçou para melhorar as relações com Moscovo após o colapso do comunismo" –, Rasmussen voltou a apelar ao reforço dos gastos com equipamento militar por parte dos 28 membros da organização". (Alexandre Martins)

 

 

 

Não sei se 4.000 milhões de euros em exportações para a Rússia é pouca coisa para a Alemanha. Mas é mais ou menos isso que esta vai perder com as sanções decretadas pelos Estados Unidos e seguidas pela sua amiga ou amante UE. A esse montante vai ter que somar-se as despesas com a importação energética da Rússia e o facto de haver um certo número de empresas alemãs instaladas na Rússia ou que negoceiam com ela. Um óptimo negócio para os EUA, que podem assim exportar mais para a Europa Ocidental, até porque a sua moeda vale muito menos do que o euro. O saldo positivo da balança de pagamentos vai inclinar-se para os EUA e vai ser difícil criar empregos na nossa fiel Europa. Portugal não recebe energia da Rússia mas exporta mais de trezentos milhões de euros e o que acontece no resto da Europa afeta-nos. Espero que este prognóstico não se verifique. Vermos no fim do jogo. 

O João Pinto do Porto é que sabe, não o Cameron, não o Hollande. Nem sei como a Merkel se mete nisto, que era a única com tino até agora.

 

 

No entanto, a maioria do pessoal que anda a comentar na rede (vulgo 'net') concorda, como se gostasse de guerras. E é que gosta mesmo!

Contudo, não vale a pena contra-comentar nesses sítios mal frequentados. É dar oportunidade para gente ignara e malevolente responder dando-lhe a ilusão de que tem cérebro na cabeça. É deixá-los a falar sozinhos, a esses alucinados do povo eleito por Deus, a essa comboiada de cegos mentais. Ouvirão apenas o seu próprio eco e ficarão entretidos a escrever uns aos outros, com insultos, exclamações, falsos factos e sem argumentos, sem ninguém lhes ligar. Nem é preciso apertar-lhes a garganta. Deixá-los a berrar. Eles vão nus. Não vale a pena perder o nosso precioso tempo.

 

 

Todos preocupadinhos com um dano colateral para os liberais-fascistas de Kiev que lançaram a guerra contra os federalistas russófilos, como se fosse um crime que nada tivesse a ver com a origem dessa guerra, mas nadinha preocupados com o massacre de civis na Faixa de Gaza por Israel e com os massacres de cristãos no Norte do Iraque pelos irmãos muçulmanos de Obama do Estado Islâmico ou Califado. 

A gravidade da coisa tem a ver com os olhos de quem a vê. Fascismo, medievalismo, estes retrocessos na civilização são bons desde que o Tio Sam fique satisfeito. Parabéns a todos vocês, ou por serem parolos ou por conseguirem enganar os parolos.


Mísseis Contra a Rússia

 

 

 

Mísseis Contra a Rússia

 

 

 

 

 

O facto de as pessoas que espumam da boca à vista de uma guerra contra a Rússia não parecerem assim tão básicas reside no processo de racionalização a que tiveram que sujeitar as suas fantasias de infância e de adolescência, porque, ao se confrontarem com as contradições e problemas reais e ao terem que se justificar perante os outros, precisam de argumentar e não apenas de declarar a sua paixão. 

As crianças admiram e temem os crescidos, incensam os grandes, fantasiam fins e meios de terem mais poder do que podem contra os maiores ou, reconhecendo que não podem tê-lo, optam por se abrigar sob o poder destes, que lhes parece quase mágico, tornando-se ciumentos se lhos tentam roubar (é o complexo de Édipo), habituam-se a gostar de ficções, não são capazes de avaliar senão em termos maniqueístas do bem e do mal, e, a partir daí, o mundo começa a parecer-lhes um filme. 

O problema é precisamente esse maniqueísmo: se não somos por eles, somos contra eles. Os EUA trouxeram ao mundo criações notáveis: a lâmpada eléctrica, os computadores, as viagens espaciais, a internet. O seu espírito de iniciativa é admirável, a vontade de autonomia das pessoas lá é de louvar. A sua paixão pelas armas não tanto.

A acrescentar a isto, os EUA desenvolveram uma subcultura de massas (mantenha-se o paradoxo) que é, pelo seu facilitismo estético, pelos simbolismos de licença sexual, de apelo ao uso de drogas, de festa permanente, de exibicionismo, narcisismo e de desprezo e oposição ao mundo do trabalho, gerando uma ficção de liberdade, a mais aditiva e alucinante de todos os tempos. Tendo começado por ser uma expressão de rebeldia, acabou por se tornar numa forma de alienação, um novo negócio capitalista e instrumento de domínio ideológico estadunidense à escala mundial, fazendo quase desaparecer as culturas do resto do mundo. 

Para a juventude, os EUA são uma festa eterna e tudo o que é bom - a renovação permanente e acelerada dessa festa - provém dessa América. Como não adorar essa grande fonte de hedonismo?! Junta-se, com uma força nunca vista, o poder à felicidade. O grande chefe passa a ser nosso comparsa da folia. E ele é que sabe como nos fazer felizes.

Porém, os EUA têm também um lado negro, o da sua estratégia de prender os outros povos aos seus interesses por via financeira, da apropriação das sua matérias-primas, da mão-de-obra barata e da guerra. Mas a atracção quase infantil pelo poder estadunidense impede-as de ver isto. É como se preferissem o lobo ao Capuchinho Vermelho. 

 

O Voo da Malaysia Airlines e a Diabolização de Putin e do Povo Russo 

As cores do avião abatido são iguais, embora, creio, não pela mesma ordem, às da bandeira da Rússia e, suponho, do avião do presidente russo. Dois caças da força aérea da Ucrânia estavam a seguir de perto o avião abatido minutos depois. A Rússia interditou voos civis abaixo do nível 330 por precaução. O avião estava de facto a esse nível. É claro que é sempre arriscado sobrevoar território em guerra. Mas parece que aquela linha é popular por ser a menos cara em direcção à Asia, um negócio que não se pode perder.  
O governo da Ucrânia tem tudo a ganhar com isto e os insurgentes muito a perder. 
 
 
Além do mais, o poder estadunidense e o da União Europeia tem ao seu serviço tecnologia de desinformação e de manipulação das consciências, que está muito acima do que é capaz a cultura eslava. A realidade, no "Ocidente", copia os filmes. A imagem que se tem do "Ocidente" é a do cinema à maneira de Hollywood, dos telediscos e dos festivais de música de massas. A essência do "Ocidente" é a felicidade enquanto festa permanente. A imagem criada dos outros para os ocidentais é a de que esses outros são bárbaros, culturalmente inferiores e que precisam de ser civilizados, mesmo que à força, porque é para seu bem.
Apesar de a força aérea americana já ter abatido aviões civis (Israel e a URSS também, neste caso por confusão com aviões espiões americanos com aspecto intencional, portanto, criminoso, de civis), resultando em centenas de mortos, estes casos norte-americanos e israelitas foram considerados pela comunicação social como erros e por isso desculpados e rapidamente esquecidos. Este caso não, pelos motivos que alguns conhecem. No entanto, pode ter acontecido que os insurgentes tenham confundido um Antonov ucraniano com o Boeing abatido, pois são aeronaves grandes e não parece ser fácil distingi-los de terra. 
Pouca gente sabe mas há motivos para tanta injecção de ódio nas massas. Nada disto tem a ver com a luta pela liberdade, pela democracia e pelos direitos humanos. Só dois exemplos. Os Estados Unidos e a União Europeia sustentam de Israel o ultranacionalismo, chauvinismo, racismo, opressão e expulsão de um outro povo (palestino), têm uma boa relação, sobretudo económica, mas também militar e política, com a Arábia Saudita, que enforca homossexuais, discrimina as mulheres e financia terroristas. 
Quais os motivos, então, para tanta agressividade contra a Rússia? Simplesmente, a Rússia tem estado blindada contra o controlo da sua economia pelas grandes companhias ocidentais, não se submete aos seus interesses, a fim de defender, num quadro de competição capitalista internacional, as suas empresas, está na frente, através dos BRICS, da implementação de um novo e aparentemente competitivo sistema de financiamento e de crédito, autónomo das instituições FMI e Banco Mundial, controlados pelos Estados Unidos, pondo em causa o domínio do dólar, domínio crucial para a economia imperialista estadunidense. 

Uma Questão a Quem Odeia a Rússia e Putin 

 
Só uma questão, que aparentemente não tem nada a ver com a notícia da destruição do avião civil da Malásia na Ucrânia. mas que separa os incondicionais das conclusões 'a priori' de Obama dos mais cautelosos. 
 
 
O vosso ódio à Rússia tem a ver com a vossa ideia de que Putin é comunista? Olhem que se é assim estão muito enganados. A Rússia tem estado com mais vontade de fazer negócios com os países ocidentais pró-americanos do que se pode pensar. 
Ora, se o negócio é a alma do liberalismo capitalista, que problema é que vocês têm com a Rússia? Direitos humanos? 
 
 
 
Bom, mas Israel viola os direitos humanos dos seus vizinhos, ocupando-os e massacrando-os. Mesmo em Portugal há violação dos direitos humanos, no México é pão nosso de cada dia, como na Colômbia, na Arábia Saudita, no Dubai, na Roménia, até na Austrália. 
 
 
 
 
 
 
Sejam todos amigos, vá lá!, como o Brasil, A África do Sul, a Índia, que estão longe de serem comunistas, e a China, um perfeito capitalismo monopolista de Estado, à maneira deles. 
A menos que os BRICS e as imensas riquezas da Rússia sejam os motivos de tanta militância pelos direitos humanos desse grande país, motivos que evidentemente desconheceis.

A Shell e a limpeza étnica no Dombass (Ucrânia) 

 
por Olga Chetverikova
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O exército ucraniano continua uma ofensiva em grande escala contra as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. O bombardeio indiscriminado provoca mais mortes civis. Sistemas de lançamento múltiplo de foguetesGradUragan e Smerch foram utilizados em Nikolaevka e praticamente arrasaram da terra esta área populosa. Não há ligação com a cidade de modo que é impossível saber exactamente o número de mortos. Quarteirões residenciais de Semionovka e Slavyansk são regularmente sujeitos a bombardeamento. Os sistemas de saúde em Slavyansk não funcionam; a cidade está cercada e bloqueada. Carros que tentam sair são alvejados.

Os pormenores do banho de sangue devem ser estudados antes de ser tornarem conhecidos publicamente. Em fins de Janeiro de 2013, quando o antigo presidente Yanukovych ainda estava no poder, o governo ucraniano e a Royal Dutch Shell redigiram (inked) o primeiro grande acordo de partilha de lucros (profit sharing agreement) para 50 anos de exploração de shale gas. A Shell planeia desenvolver o campo Yuzov nas regiões de Donetsk e Kharkiv. Em Junho de 2014 a companhia confirmou sua intenção de avançar com o acordo tão logo o conflito fosse desescalado e a situação estabilizasse. A informação acerca do acordo é classificada. O governo ucraniano alegadamente não pode recusar a extensão dos seus termos. O território a ser explorado tem 7886 quilómetros quadrados, incluindo Krasny Liman, Seversk, Yasnogorsk, Kamyshevka, etc.

De acordo com o artigo 37.2 do acordo, os residentes locais têm de vender a suas terras e propriedades. No caso de recusa devem ser coagidos a vender a fim de atender os interesses da Shell. As despesas da companhia devem ser compensadas pela Ucrânia a expensas do gás produzido.

.O governo assumiu a responsabilidade de encontrar uma solução para todos os problemas com autoridades locais.

Também há outros actores envolvidos em projectos shale gas na Ucrânia:

  • Eurogas Ukraine, algumas das suas acções são de propriedade da British Macallan Oil & Gas (UK) Ltd, a qual pertence à Euro Gas estado-unidense (ver abaixo mapa das concessões na Ucrânia);
  • Burisma Holdings , em que Hunter Biden , filho do vice-presidente dos EUA, é membro do conselho de administração.
    Este é o principal objectivo daqueles que lançaram a chamada "operação anti-terrorista", ou a carnificina do Donbass. Eles querem estabelecer controle total sobre as regiões de Donetsk e Lugansk para abrir caminho para a extracção de shale gas (80-140 mil furos). Assim, terras aráveis não seriam utilizadas para finalidades agrícolas; casas e igrejas terão de ser destruídas para erguer infraestruturas de produção gasistas. A Ucrânia orgulha-se dos seus 27% deterra negra . Terá de vendê-la ao estrangeiro. É difícil fazer isso em tempo de paz, mas o tempo de guerra muda um bocado as coisas. É importante reduzir a população deixando apenas aquela que for necessária para extrair gás. O novo presidente da municipalidade de Krasny Liman, nomeado por Turchinov depois de as tropas ucranianas tomarem a cidade, prometeu aos habitantes locais criar novos postos de trabalho para substituir aqueles que haviam perdido durante a guerra devido aos danos em instalações industriais .

    Muitos acreditam que se a resistência for suprimida, o controle sobre as regiões de Donetsk e Ligansk permitirá isolar a Rússia de uma grande parte do mercado europeu de gás. Peritos acreditam que a situação ficará mais clara no Outono de 2014.

    A questão explodiu no mês passado após comentários de uma fonte improvável:   o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen. Aquele responsável normalmente reservado, que raramente comenta sobre assuntos energéticos, disse em 19 de Junho ao think tank londrino Chatham House que a Rússia estava, como ele disse, a apoiar secretamente alguns ambientalistas europeus anti-fracking a fim de impedir a Europa de aderir à revolução shale gas dos EUA – e portanto manter o continente dependente de exportações de gás russo. Rasmussen afirmou que aliados da NATO haviam detectado manipulação russa em "refinadas operações de informação e desinformação" dentro de bem organizados grupos anti-fracking da Europa.

    A Lei de Prevenção da Agressão Russa (Russian Aggression Prevention Bill) de 2014 foi ao Senado dos EUA em 1 de Maio num ataque violento em ano eleitoral contra a política da administração, em que oito republicanos conduzidos pelo Lider do Partido Republicano Mitch McConnell anunciaram um pacote de penalizações à Rússia, assistência à NATO e exportações de gás natural dos EUA. Os senadores disseram ter esperança de assegurar apoio dos democratas e, no mínimo, forçar a Casa Branca a desenvolver uma estratégia coesa ao invés das suas respostas ad hoc. Isso significa que o objectivo de estabelecer controle sobre as reservas da região Donetsk-Dneprovsk transformou a guerra contra o povo local numa operação de extermínio. Morticínio em massa e propagação do medo, transformando habitantes locais em refugiados, tornaram-se as ferramentas principais de implementação da política das autoridades que tomaram o poder em Kiev após o golpe. Elas servem os interesses de companhias transnacionais ao se envolverem na limpeza étnica da população russa do Donbass. Vidas humanas, normas do direito internacional e regras para travar guerras contemporâneas nada significam para os responsáveis pelo banho de sangue. Alguns peritos (E. Gilbo, por exemplo) dizem que já foram feitas estimativas de quantas pessoas deveriam permanecer naquelas regiões.

    Em 4 de Julho o responsável das formações de auto-defesa da República Popular de Donetsk , Igor Strelkov, disse que se a Rússia não alcançar um acordo sobre cessar fogo e não lançar uma operação para fazer a paz, a cidade de Slavyansk com sua população de 30 mil habitantes será varrida da terra em uma ou duas semanas.


    P.S. Durante muitas semanas as formações de auto-defesa distraíram grandes forças do exército ucraniano, mantendo-as concentradas em torno da assediada Slavyank. Posteriormente, em 5 de Junho, unidades da milícia romperam o cerco a fim de ganhar liberdade de acção fora daquela limitada área de batalha.
    06/Julho/2014

    Concessões à Eurogas.
    Ver também: 
  • The important roles of Slavyansk